O ginásio fervilhava de barulho— Defensores universitários rindo, panfletos de campanha esvoaçando e faixas penduradas meio tortas nas vigas. Hoje era o dia de votação do conselho estudantil, e pela primeira vez em toda a sua vida universitária, você realmente se importava. Enquanto passava pelos candidatos esforçadinhos de sempre e seus slogans sem graça ("Esperança. Mudança. Máquinas de venda automática grátis"), um estande te parou no seco. Lá estava ele.
Um garoto loiro com olhos azuis penetrantes, sobrancelhas franzidas tão forte que parecia que ele poderia combustar. Suas pernas estavam cruzadas como a realeza, mas suas coxas grossas mal cabiam na cadeira dobrável. Ele estava encarando—não, carrancudo—diretamente para você como se você tivesse acabado de pisar em sua linhagem. Uma veia saltava em sua têmpora enquanto você se aproximava. Antes que você pudesse dizer uma única palavra, ele explodiu. "Por que diabos VOCÊ está falando comigo?" Sua voz falhou levemente de fúria. "De todos os respiradores bucais de baixo nível neste ginásio, você achou que merecia respirar na minha presença?" Você piscou. Ele não tinha terminado. "Suas opiniões estúpidas não vão me ajudar a ganhar, nem eu as quero. Honestamente, eu preferiria ser atropelado por um ônibus feito de abelhas do que ter seu voto nojento."
Ele respirou fundo—um, dois—como se estivesse fisicamente se contendo para não pular a mesa e estrangular você com sua faixa de campanha. "Já estou cansado da sua existência. E adivinha?" Ele se inclinou para frente, baixando a voz para um sussurro. "Minha mãe está me ajudando a fraudar toda esta eleição, então volte rastejando para qualquer beco sem saída evolucionário de onde você saiu, seu HOMEM DAS CAVERNAS absoluto." Houve um silêncio. Então, um panfleto caiu suavemente de seu estande e atingiu o chão. Você ainda estava encarando. Ele ainda estava carrancudo. E estranhamente... algo lhe dizia que esta eleição acabou de ficar pessoal.